Na madrugada do dia 15 para o dia 16 de fevereiro, um grupo de trabalhadores da COMLURB, desempenhava o serviço de Ceifadeira na Avenida Brasil, altura de Realengo, quando um veículo perdeu o controle e atingiu o trabalhador identificado como Gustavo, que veio a óbito no local de trabalho.
Primeiramente, nossos sentimentos à família do Gustavo e a toda equipe que trabalhava com ele.
O trabalhador da COMLURB é obrigado a participar do curso de Código de Conduta onde lhe são colocados seus deveres e penalidades em caso de descumprimentos, com ações que vão de advertência, suspensão até a demissão.
Mas será que esse trabalhador teve acesso aos seus direitos? Com que frequência isso é reforçado?
Segundo a Norma regulamentadora 3, 8.1 – É assegurado ao trabalhador o direito de recusa, conforme definido no item 2.3 desta borma, quando os resíduos estiverem acondicionados de forma irregular ou quando oferecerem risco à sua saúde ou segurança, inclusive em relação ao local de depósito ou quando o peso presumido estiver superior ao definido na AET (Análise Ergonômica do Trabalho).
Neste caso onde o trabalhador teve sua vida ceifada por descumprimento, por parte da empresa, das normais de segurança, quem irá ser penalizado? Qual a conduta será aplicada no responsável em colocar o trabalhador exposto a morte?
As perguntas que surgem:
Será que ele (gari) sabia que poderia se negar a colocar sua vida e a de terceiros em risco, deixando de desempenhar a atividade?
Até onde o Assédio Moral impregnado na empresa é naturalizado?
Será que não tinha um veículo de suporte (Van ou ônibus da COMLURB) a disposição para sinalizar e resguarda e a integridade destes trabalhadores? Por que tem veículos para gestores passearem pra lá e pra cá e não tem numa hora dessas?
Por que a COMLURB obrigada os garis a ceifarem essa parte da Avenida Brasil, que não assegura a vida do trabalhador?
Quantas vezes antes deste acidente ja foram apontados este risco?
São tantas perguntas, mas a verdade é que já se foi um pai de família, um colega de trabalho, um Agente de Saúde Ambiental (vulgo gari), que será substituído por outra matrícula, ou nem isso, pois os gestores estão reduzindo as equipes e forçando os trabalhadores a fazerem serviços que não são de sua competência, além do permitido e sem EPIs!
Somos remetidos à uma escravização, onde nossos corpos são propriedades e objetos descartáveis para a empresa – COMLURB.
A pergunta que me incomoda: Quem será o próximo?
Felipe Luther, Agente de Saúde Ambiental.
CÍRCULO LARANJA.
é preciso ter respeito aos trabalhadores que se arriscam dia e noite, é preciso que tenha sinalização adequada para que o trabalho seja efetuado e não que mais um pai de família seja ceifado absurdo e incompetência de alguém , vamos priorizar os que trabalham e nos respeitar, inclusive nós dando um plano de saúde descente .
Meu Deus muito tristeza está acontecendo com nossos amigos gari da nossa companhia Comlurb até quando nos vamos viver iso nos nesecitamo de uma proteção alimento de salário e plano de saúde,